Bem-vindos!

Língua portuguesa é aqui mesmo! Nesse espaço, você se informa e tira suas dúvidas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Conteúdo da mensal II - Redação 2009

Paradidático "Diário da rua"
Diário e blog

Conteúdo da Mensal II - Gramática 2009

Acentuação gráfica I - II (palavras oxítonas; paroxítonas; proparoxítonas)
Verbos I - II - III

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Oi turminha, este será o nosso livro do 3º bimestre.
Boa leitura!
Um texto bem-humorado, corajoso, que quebra as barreiras sociais entre as crianças que têm família e as que vivem ao relento, unindo-as nesse universo comum que é a infância.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Transitividade verbal

PREDICAÇÃO VERBAL

Verbos Transitivos: Exigem complemento(objetos) para que tenham sentido completo. Podem ser:

- Transitivos diretos
- Transitivos indiretos
- Transitivos diretos e indiretos

TRANSITIVOS DIRETOS


Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento(objeto). Esses complementos(sem preposição), são chamados de objetos diretos.

Ex.: Maria comprou um livro.

"Um livro" é o complemento exigido pelo verbo. Ele não está acompanhado de preposição. "Um livro" é o objeto direto. Note que se disséssemos: "Maria comprou." a frase estaria incompleta, pois quem compra, compra alguma coisa. O verbo comprar é transitivo direto.

TRANSITIVOS INDIRETOS


Também não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento, só que desta vez este complemento é acompanhado de uma preposição. São chamados de objetos indiretos.

Ex. Gosto de filmes.

"De filmes" é o complemento exigido pelo verbo gostar, e ele está acompanhado por uma preposição (de). Este complemento é chamado de objeto indireto. O verbo gostar é transitivo indireto

TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS


Exigem 2 complementos. Um com preposição, e outro sem.

Ex. O garoto ofereceu um livro ao colega.

O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.

Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo(sem preposição).
Ofereceu para alguém = ao colega(com preposição).
ao = combinação da preposição a com o artigo definido o.

sábado, 16 de maio de 2009

Verbos regulares e irregulares

VERBOS REGULARES

Os verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações em seu radical.

1ª conjugação:

Canto

Cantas

Canta

Cantamos

2ª conjugação:

Vendo

Vendes

Vende

3ª conjugação:

Parto

Partes

Parte

VERBOS IRREGULARES

Os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações, em geral, em seu radical.

Tenho

Tens

Tem

Temos

Tendes

Têm

Observação: note que o verbo TER sofreu alterações em seu radical em praticamente todas as pessoas na conjugação do presente do indicativo.

A seguir veremos alguns exemplos de verbos irregulares em todos os modos.

VERBOS IRREGULARES – 1ª CONJUGAÇÃO – DAR.

MODO INDICATIVO
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Dou Dava Dei Dera Darei Daria
Dás Davas Deste Deras Darás Darias
Dava Deu Dera Dará Daria
Damos Dávamos Damos Déramos Daremos Daríamos
Dais Dáveis Destes Déreis Dareis Daríeis
Dão Davam Deram Deram Darão Dariam

MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Desse Der
Dês Desses Deres
Desse Der
Demos Déssemos Dermos
Deis Désseis Derdes
Dêem Dessem Derem

MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Não dês
Não dê
Demos Não demos
Daí Não deis
Dêem Não dêem

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal

DAR

Infinitivo pessoal

Dar

Dares

Dar

Darmos

Dardes

Darem

Gerúndio

Dando

Particípio

Dado

VERBOS IRREGULARES – 2ª CONJUGAÇÃO – HAVER

MODO INDICATIVO
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Hei Havia Houve Houvera Haverei Haveria
Hás Havias Houveste Houveras Haverás Haverias
Havia Houve Houvera Haverá Haveria
Havemos Havíamos Houvemos Houvéramos Haveremos Haveríamos
Havei Havíeis Houveste Houvéreis Havereis Haveríeis
Hão Haviam Houveram Houveram Haverão Haveriam

MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Haja Houvesse Houver
Hajas Houvesses Houveres
Haja Houvesse Houver
Hajamos Houvéssemos Houvermos
Hajais Houvésseis Houverdes
Hajam Houvessem Houverem

MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Não hajas
Haja Não haja
Hajamos Não hajamos
Havei Não hajais
Hajam Não hajam

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal

HAVER

Infinitivo pessoal

Haver

Haveres

Haver

Havermos

Haverdes

Haverem

Gerúndio

Havendo

Particípio

Havido

VERBOS IRREGULARES – 3ª CONJUGAÇÃO – FERIR.

MODO INDICATIVO
Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Firo Feria Feri Ferira Ferirei Feriria
Feres Férias Feriste Feriras Ferirás Feririas
Fere Feria Feriu Ferira Ferirá Feriria
Ferimos Feríamos Ferimos Feríramos Feriremos Feriríamos
Feris Feries Feristes Feríreis Feríreis Feriríeis
Ferem Feriam Feriram Feriram Ferirão Feririam

MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Fira Ferisse Ferir
Firas Ferisses Ferires
Fira Ferisse Ferir
Firamos Feríssemos Ferirmos
Firais Ferísseis Ferirdes
Firam Ferissem Ferirem

MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Fere Não firas
Fira Não fira
Firamos Não firamos
Feri Não firais
Firam Não firam

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal

FERIR

Infinitivo pessoal

Ferir

Ferires

Ferir

Ferirmos

Ferirdes

Ferirem

Gerúndio

Ferindo

Particípio

Ferido

Observação: seguem a conjugação de FERIR os seguintes verbos:

Aderir, aferir, inserir, interferir, mentir, preferir, sugerir, vestir entre outros.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aula sobre formação do Imperativo

VERBO – O MODO IMPERATIVO

O modo imperativo é aquele que exprime ideias de ordem, conselho, convite, pedido etc.

Existem dois tipos de imperativo: o afirmativo e o negativo.

IMPERATIVO AFIRMATIVO

Para formar o imperativo afirmativo, veja o exemplo:

Presente do indicativo

Imperativo afirmativo

Presente do subjuntivo

Eu ligo

***********

Que eu ligue

Tu ligas (-s)

liga (tu)

Que tu ligues

Ele liga

ligue (você)

Que ele ligue

Nós ligamos

liguemos (nós)

Que nós liguemos

Vós ligais (-s)

ligai (vós)

Que vós ligueis

Eles ligam

liguem (vocês)

Que eles liguem

IMPERATIVO NEGATIVO

As formas desse imperativo são exatamentes iguais às do presente do subjuntivo.

Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

Que eu esqueça

***************

Que tu esqueças

Não esqueças (tu)

Que ele esqueça

Não esqueça (você)

Que nós esqueçamos

Não esqueçamos (nós)

Que vós esqueçais

Não esqueçais (vós)

Que eles esqueçam

Não esqueçam (vocês)


sexta-feira, 1 de maio de 2009

A banalização da Língua-mater

O ser humano é, indiscutivelmente, paradoxal. Levou milhões de anos em seu caminho evolutivo até se fixar Erectus; outros milhares para tornar-se Sapiens; cerca de cem mil anos para gravar desenhos e sinais em pedras no interior das cavernas, Sapiens Sapiens, que se tornara. Agora, apenas dez mil anos passados, desenvolvidas e partilhadas as línguas oral e verbal, mundo afora, decidiu desaprender a falar e não sabe mais escrever.
É um fenômeno mundial, globalizado, como o que nos chega embrulhado de perigosa virulência. Uma pergunta, no entanto, não cala: por que, especialmente no Brasil, esse retrocesso é tão forte?
Em terras tupiniquins, o silêncio consentido que se experimenta na comunicação contemporânea, na verdade, começou a enraizar-se já faz algum tempo. Numa análise crítica desprovida de paixão e preferências literárias, pode-se perceber seu nascimento no Movimento Cultural de 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, quando do advento da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo: desafiadora, contestadora, destruidora, transcendental. A Pintura, a Escultura, a Música, a Arquitetura, tudo mudara seguindo os padrões das Vanguardas européias. Mas à palavra escrita concedeu-se uma contagiosa permissividade oral – defendida por ortodoxos lingüistas que as vêem como iguais – para solidificar o descompromisso com o saber erudito.
A crítica ao Modernismo é dirigida à destruição da palavra, jamais à concepção espacial da idéia, afinal não se pode negar a originalidade dos gracejos parodísticos de um Oswald de Andrade; ou o lirismo “modernoso” de um Manuel Bandeira; ou ainda a prosa denunciadora dos costumes de um Mário de Andrade, o grande articulador e primeiro descontente com os rumos do próprio Movimento por não concordar com a antropofagia cultural dos excessos oswaldianos.
Defendo a tese de que idéias não se consagram ensimesmadas, e sim através de debates e discussões em torno de suas premissas. Entendo, entretanto, que a ruptura dos padrões lingüísticos clássicos, acusados de pedantismo sintático e temática prosaica, forjaram a deselegância de um linguajar, hoje, esdrúxulo e “pocotoístico” que abalam os alicerces de uma língua neolatina rica e abrangente, em detrimento a todo esforço de sábios e mestres que buscam ministrar um aprendizado sem firulas idiomáticas, mas condizente com sua herança lingüística, mesclada de indianismos, africanismos e latinismos de rara e grandíssima beleza etimológica.
Alguns céticos dirão que a palavra verbalizada, instrumento do Registro Formal Culto, pode e deve-se adaptar às necessidades da massa, haja visto que o povo aprende e/ou repete o que lhe é ensinado, por conseguinte, culpam professores, taxando-os de mal instruídos e despreparados por não se aperfeiçoarem, conformados que estão com esse status quo. A esses críticos, respeitando-lhes as convicções e os dogmas, devo informar: muitos não têm chance num mercado exclusivista; outros precisam trabalhar em quatro, cinco, até seis estabelecimentos de ensino para que, aditados os parcos vencimentos, consigam sustentar suas vidas simples com um mínimo de dignidade. De fato resta-lhes nenhum tempo ou condição financeira que lhes permitam evoluir. Ainda assim, os que ousam criticar pouco fazem para minorar esses pseudo-defeitos de formação.
Não se pode fechar os olhos à omissão do Estado que não provê o cidadão carente dos recursos necessários a uma vida plena, quer seja quanto a trabalho, moradia, saúde ou educação, entretanto não deve originar-se daí um estado de autocomiseração ou um impedimento natural por conformação que o impeça de evoluir como ser social inserido no contexto sociolingüístico. É possível converter uma vida sem porquês, desde que a vontade, a determinação e a busca pela vitória passem a pautar seus horizontes, e, nesse ponto, encontramos a PALAVRA como o início da necessária revolução cultural.
Ela não precisa ser a mais bonita, porém, precisa, ser contextualizada. Não necessita de aprofundamento técnico, mas disposição para conhecê-la e utilizá-la em sua plenitude: começa-se a escrever bem, ao ler e falar bem, portanto, não precisamos de retórica, mas do uso que a torne dinâmica e perfeita. Ou então, “mermão...?”

* Nelson Maia Schocair, • Professor de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, autor dos livros “Gramática do Português Instrumental” e A Arte da Redação – Teoria e Prática.

Poema

Língua Portuguesa
Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!